Benjamin Franklin, ao proferir a frase histórica de que na vida só existem duas certezas, a morte e os impostos, esqueceu dos gastos.
Aliás, a letra da música “Pare o mundo que eu quero descer” de Silvio Brito, declara a indignação do compositor pelo fato de a gente “ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver e ter que pagar pra morrer”.
Já que não tem como escapar dessa verdade do mundo real é bom aprender, antes que seja tarde, a planejar e controlar os gastos.
O início do ano pode ser um bom momento para fazer isso.
Muito embora existam aspectos econômicos, sociais e políticos que fogem ao nosso controle, algumas escolhas, quando bem-feitas, podem fazer a diferença nas nossas vidas.
Essas escolhas dizem respeito, por exemplo, a nossos hábitos financeiros.Têm tudo a ver com a cultura da educação financeira.
Felizmente existe um movimento para resgatar algumas iniciativas do passado que foram banidas dos currículos escolares da educação básica.
Os veteranos que me leem hão de se lembrar da disciplina economia doméstica do tempo em que era a mulher quem “tomava conta” do dinheiro da casa. Naquele tempo, sem saudosismo, o pagamento dos salários pelas empresas aos trabalhadores era feito em dinheiro vivo, colocado em envelopes amarelos; daí o nome de envelope de pagamento.
Quem recebia, geralmente o marido, entregava para a mulher o envelope e ela separava o dinheiro de cada conta a pagar: o armazém, a farmácia, a escola dos filhos, água, luz, etc.
Os tempos mudaram mas as preocupações são as mesmas e com um agravante. A incerteza econômica, como a que estamos enfrentando atualmente, torna ainda mais importante rever nossos hábitos financeiros e revisitar com mais frequência o orçamento.
Com o objetivo de ajudar nessa tarefa, relaciono algumas maneiras simples de reduzir suas despesas e manter o orçamento doméstico e pessoal sob controle.
Essas sugestões, obviamente, não esgotam o assunto e nem se aplicam indiferentemente a todas as pessoas. Mas, certamente, você saberá quais são mais adequadas aos seus hábitos de consumo e estilo de vida e, talvez, te façam refletir sobre quantos reais são literalmente jogados fora devido a desconhecimento ou desinformação.
As dicas aqui listadas podem até mesmo, gerar outras ideias para fazer o uso racional do seu dinheiro que, por falta de espaço ou esquecimento, não foram mencionadas.
- Os brechós estão em alta: utilize lojas e sites para vender ou comprar utensílios domésticos e roupas de segunda mão. É uma tendência no mundo todo.
2. Desapegue: doe ou venda itens que não usa mais.
3. Use plataformas de streaming: o entretenimento em casa é mais econômico e, ainda, integra as pessoas.
4. Planeje e organize suas saídas: economize tempo e combustível.
5. Ganhe descontos: inscreva-se em programas de fidelidade (lojas e serviços).
6. Regule a temperatura do aquecedor e economize energia ou gás
7. Instale um filtro de água em lugar de comprar água engarrafada.
8. Compartilhe o carro com colegas e vizinhos ao ir para o trabalho ou faculdade.
9. Pratique a cultura da prevenção em saúde, carro e casa; custa menos do que remediar ou consertar.
10. Reaproveite sobras de alimentos preparando outros pratos.
11. Pratique economia circular, reutilizando ou reciclando itens antes de descartá-los.
12. Substitua as lâmpadas atuais por outras do tipo LED.
13. Congele produtos em excesso para evitar desperdício.
14. Revise os contratos de assinatura: seguro, telefonia, internet, streaming, revistas, jornais, cursos.
15. Prefira compras à vista e negocie descontos em lugar de assumir prestações.
16. Leve refeições prontas para aquecer no seu local de trabalho em lugar de fazê-las em restaurantes.
17. Otimize o uso da lavadora de roupas: use toda a sua capacidade.
Reduzir despesas não significa retroceder e nem deve ser entendido como sacrifício. Além de ser um ato de inteligência, representa um importante ganho de responsabilidade.
É a base do essencialismo que busca um equilíbrio sábio entre a simplificação e o significado em tudo o que fazemos, valorizando a qualidade sobre a quantidade.
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