A comunicação é inerente ao ser humano.
Desde a pré-história, o ser humano busca soluções para interagir e emitir mensagens que possam ser entendidas pelos seus pares. Quando ainda não havia o domínio da fala, os homens utilizavam recursos de comunicação não verbais e desenhavam nas paredes das cavernas cenas correspondentes ao seu cotidiano; como, por exemplo, registrar o número de caças abatidas. Com o passar dos anos a comunicação evoluiu, e muito se deve ao desenvolvimento da escrita e da comunicação oral, passando por diferentes sistemas linguísticos.
Atualmente, reconhecemos inúmeros recursos de transmissão de mensagens, como é o caso dos gadgets – engenhocas tecnológicas que nos auxiliam no dia a dia, em diversas tarefas, inclusive nas de comunicar. É o caso dos smartphones, tablets, “Alexa” e outras assistentes virtuais, relógios inteligentes, tokens etc.
Muito embora não nos damos conta, estamos o tempo todo comunicando algo – nossos desejos, necessidades, emoções e sentimentos; seja através do desenho, pintura, música, dança, trajes, alimentação, moradia, modal de transporte entre outros sinais culturais.
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É impressionante o poder que a comunicação exerce no mundo contemporâneo. Ela precisa ser considerada não apenas um mero instrumento de divulgação ou de transmissão de informações, mas um componente essencial do processo social básico, um verdadeiro fenômeno presente na sociedade atual. Há quem considere a comunicação um poder transversal que perpassa o sistema social global, e nesse sentido alcança o âmbito das organizações, com ou sem fins lucrativos.
Se recorrermos à história veremos que, ao longo do tempo, o poder mudou de mãos; há sete séculos as instituições mais poderosas eram as Igrejas, de um modo geral. Por volta do século XVIII, com o advento do iluminismo, a importância da razão superou a fé e o poder passou para as mãos do Estado. Atualmente as instituições mais poderosas do mundo são as empresas; basta ver as torres de escritório, Instituições financeiras e grandes centros comerciais nas principais metrópoles do mundo. Diversas corporações, inclusive, têm receita anual maior do que o PIB de muitos países.
São inúmeras as ponderações que poderíamos fazer sobre os impactos da comunicação em plena era digital – diante do aumento da violência urbana, guerras étnicas ou geopolíticas, crises financeiras mundiais, crescente desigualdade social, movimentos reivindicatórios de direitos humanos, analfabetismo digital e do multiculturalismo imposto pela globalização.
Esse fato por si só justifica um estudo mais cuidadoso da importância da comunicação integrada nas organizações, que considera fundamentalmente, as duas dimensões mais importantes a serem atendidas; a instrumental, funcional ou técnica cujo objetivo primeiro é informar os diferentes públicos e se manifesta, geralmente, de forma assimétrica e unidirecional. Ganha, no entanto, cada vez espaço maior a segunda dimensão que é a humana. Esta visa estabelecer relações, promover interações entre pessoas e grupos de interesse, estabelecer regras de convivência, valorizar a subjetividade e , como tal, não é puramente racional; ajuda a construir a felicidade do indivíduo no ambiente de trabalho, em um contexto social e histórico.
Na era digital e das redes sociais, as organizações não têm total controle sobre o impacto da sua comunicação. Por isso, cada vez mais, as palavras têm que transmitir verdade, coerência, consistência e integridade. Aliás, as empresas não mudam porque querem, mas porque são pressionadas.
Segundo o professor e sociólogo canadense James Renwick Taylor (1928-2022), “a comunicação não é mais descrita como transmissão de mensagens ou conhecimento, mas como uma atividade prática que tem como resultado a formação de relacionamentos “.
O desafio está posto. A que conclusão você chega: a comunicação é ou não estratégica?
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