A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi criada em 1960 e conta hoje com aproximadamente 30 membros da Europa, Américas, Ásia e Oceania. Trata-se de uma organização voltada ao desenvolvimento econômico e à busca do bem-estar social por meio da cooperação entre os países-membros.
Educação financeira e bem estar
Visando o bem-estar das populações dos países membros, uma das preocupações é a educação financeira da população. A OCDE define educação financeira como “o conhecimento e o entendimento de conceitos financeiros e riscos, e as habilidades, motivação e confiança para aplicar esse conhecimento”; ou seja, obter informação e formação para tomar decisões financeiras bem embasadas. Estudos mostram que a educação financeira melhora a vida e a saúde das pessoas e das famílias.
O Brasil entra em campo
Muito embora ainda não faça parte da OCDE, o Brasil vem mantendo boas relações e integrando projetos através de comitês e grupos de trabalho com a participação de especialistas em diversas áreas.
Estamos fazendo a lição de casa, por exemplo, ao incluir no currículo do ensino básico (fundamental e médio) das escolas públicas e privadas a educação financeira abordada de forma transversal. Temas como consumo consciente, prevenção contra fraudes, planejamento de objetivos e sonhos, como evitar ou gerenciar uma possível dívida são tratados nas escolas, desde cedo.
Educação financeira na Black Friday
Trago esse tema uma vez que estamos vivendo o clima de Black Friday que começou há um tempinho e vai ainda se estender em suas “campanhas prorrogadas”; nessa época, o que mais se vê são compras por impulso.
A educação financeira tem um impacto nada desprezível no comportamento do consumidor durante a Black Friday, ajudando a promover escolhas mais conscientes e a evitar endividamentos desnecessários.
Vale a pena dar uma espiada em uma pequena amostra de como a educação financeira pode influenciar nessas horas.
1. Planejamento e controle do orçamento
Consumidores educados financeiramente definem um orçamento antes da Black Friday, determinando quanto podem gastar sem comprometer suas finanças. Priorizam a compra de itens realmente necessários, evitando gastos por impulso.
2. Necessidade ou desejo?
A educação financeira ajuda as pessoas a refletirem sobre o que é essencial e o que é apenas um desejo momentâneo, reduzindo a aquisição de produtos supérfluos.
3. A promoção é real?
Pesquisar preços com antecedência evita cair em armadilhas como a “maquiagem de preços”. Sempre é bom avaliar a relação custo-benefício dos produtos, priorizando qualidade e durabilidade, além da necessidade de compra.
4. Evitar dívidas desnecessárias
A educação financeira ensina a importância de não comprometer o orçamento mensal com parcelas que “cabem no bolso” assumindo financiamentos durante a Black Friday. Evitar o uso excessivo de cartões de crédito sem planejamento, previne juros altos e endividamentos futuros.
5. Aproveitar oportunidades com responsabilidade
O bom conhecimento financeiro leva a aproveitar a Black Friday para adquirir bens de consumo duráveis a preços mais baixos, como eletrodomésticos, gerando economia significativa. Outro ponto é usar a data para antecipar compras de Natal ou de itens importantes para o próximo ano.
Resumindo, a Black Friday pode ser uma excelente oportunidade para economizar, mas somente quando acompanhada de um comportamento financeiro responsável. A educação financeira empodera os consumidores, permitindo que aproveitem os descontos sem comprometer sua saúde financeira. Antes, porém, faça a si mesmo(a) as seguintes perguntas:
- Eu preciso?
- Tenho dinheiro para comprar?
- Preciso disso agora ou dá para esperar?
E não esqueça de agradecer por ter ou não ter comprado!