“A cultura devora a estratégia no café da manhã.”
Você já deve ter lido ou ouvido essa frase dita por algum guru ou em alguma palestra sobre planejamento estratégico.
Pois bem, seu autor é Peter Drucker, nada mais nada menos do que o pai da Administração Moderna. Mais importante do que saber quem é o seu autor é entender o que ela significa e para que serve.
Começando pelo final, a frase de Drucker serve para sinalizar para gestores e empresários que pouco ou nada vale ter uma excelente estratégia, super elaborada, porém, descolada da cultura organizacional.
Poucas coisas são tão importantes e, a um só tempo, tão difíceis de compreender quanto a cultura de uma organização. E daí, emerge a primeira parte, o significado da frase.
Pensa no seguinte: toda empresa tem valores, padrões éticos e morais, códigos de conduta (nem sempre explícitos) e padrões de comportamento a serem aceitos pela organização e quem dela via a fazer parte. Normalmente, são trazidos do berço pelo seu fundador. Esse conjunto de elementos formam a chamada cultura da organização ou C.O..
E, hoje, como já tive a oportunidade de falar em outro artigo, todos os stakeholders querem saber qual é a cultura da empresa com a qual interagem ou vão interagir: candidatos a funcionários querem conhecer antecipadamente a cultura para determinar se eles se “encaixarão”; clientes e fornecedores buscam se informar o que os espera ao operar com os funcionários e com a empresa, futuro parceiro; a comunidade onde a empresa está ou será instalada fica curiosa para saber “qual é a da empresa que está chegando na área“; a liderança sênior deseja se apropriar da cultura da empresa para que possa usá-la para influenciar o comportamento dos seus liderados.
A verdade é que todos nós queremos saber de onde viemos, quem somos e para onde vamos.
Toda empresa tem uma cultura; algumas têm disciplina e, poucas, a cultura da disciplina.
Jim Collins
Então, o que é cultura? Não é de surpreender que existam muitas definições diferentes para cultura organizacional.
Algumas pessoas definem a cultura de uma empresa em termos de suas características essenciais, como “inovadora”, “baseada no desempenho” ou “tradicional ou consrvadora”.
Outros adotam uma visão dinâmica, entendendo a definição de cultura em termos da interação entre diferentes forças atuantes na organização.
Ambas as abordagens vêem a cultura como uma espécie de “mão invisível” que orienta e molda uma organização.
Muito embora existam inúmeras definições, para mim cultura organizacional pode ser resumida a “como fazemos as coisas por aqui”.
Não deve ser surpresa, portanto, que cada organização tenha um tipo único de cultura. E que, não existe cultura organizacional, boa nem ruim, certa ou errada. Dizemos que a cultura orgabizacional é emergente – única e adequada a cada organização.
Cada organização tem a sua própria história (origem) e objetivos (futuro) e, a sua cultura, deve fidelidade a ambos.
Definir a cultura do seu negócio é o primeiro passo que todo empreendedor deve dar – e provavelmente o mais fácil deles, na jornada cultural. Mas o “porquê” e o “como” a cultura de uma organização é construída e praticada são os mais importantes e serão vistos em futuros artigos.
Semanalmente eu publico um artigo sobre gestão, negócios e empreendedorismo. Se quiser saber mais sobre esses assuntos, você encontra em meu site, em vídeos no meu canal no Youtube, Gotas di Gestão ou em podcast no Spotfy Deixa um like e indica para seus amigos assinarem e tornarem esse conteúdo mais relevante.