Nós, indivíduos, viemos ao mundo como parte de uma tribo, de um sistema ou de um círculo de pertencimento e permanecemos nessa condição até o dia em que morremos.
Inicialmente, o círculo primário de pertencimento é a família nuclear (pai e mãe, ou quem fizer esse papel nessa fase da vida). À medida que a vida avança, os círculos de pertencimento se expandem e passamos a fazer parte de novos ambientes que podem ser a escola, nossos colegas (mais pelo aspecto social e menos pelo afetivo), outros ambientes relacionados com questões vocacionais e trabalhistas, com crenças, hábitos de lazer, religiões, etc., e indefinidamente continuamos a pertencer cada vez mais a diferentes grupos que constituem nossa vida cotidiana, aprendizados e desafios diários que reforçam ou impedem nossa felicidade.
O círculo de pertencimento organizacional, que está relacionado com a vocação (a ideal, é claro, embora muitas vezes não seja a que gostaríamos) e que ocupa a maior parte do nosso tempo (aproximadamente 50%), para muitos implica e representa um grande desafio.
É aí que surgem muitos dos conflitos e implicações que nos impedem de viver a felicidade.
É sabido que muitas das condições e estruturas organizacionais não dependem ou não estão nas mãos de cada um dos membros que fazem parte da empresa; e que, em grande medida, uma expressiva percentagem de indivíduos assume e cumpre apenas o que está estabelecido e disposto para eles.
A contribuição que cada uma das pessoas que fazem parte de uma organização pode dar é se encarregar de si próprio e de suas interações dentro do círculo de trabalho que se estabelece e se apropriar de suas próprias frustrações, conflitos e de cada desafio que tem, de forma mais atenta, consciente e responsável.
Embora as organizações não sejam responsáveis por tudo o que acontece com seus colaboradores, o fato é que elas são chamadas a participar e têm a responsabilidade de apoiá-los na tarefa de serem felizes e bem sucedidos no ambiente de trabalho, não só porque se trata de responsabilidade social, mas também porque todo bom líder empresarial entende que as organizações crescem na medida em que seus funcionários crescem de forma holística e são felizes.
Tendo em conta que fazer parte de um círculo de pertença organizacional implica privilégios e responsabilidades de ambos os lados e que existe uma contínua inter-relação entre indivíduos e a essência da organização, da qual emergem os seus resultados qualitativos e quantitativos, surge um modelo que permitirá que as empresas e seus membros sejam cada vez mais felizes individual e coletivamente.
Para Fritz Perls, pai da Gestalt (teoria da psicologia que considera os fenômenos psicológicos como totalidades organizadas, indivisíveis e articuladas), o homem pode viver uma vida mais plena do que a maioria de nós acredita; que existe um grande potencial de energia e entusiasmo dentro de nós de forma inata e, finalmente, que podemos descobrir e aplicar essas virtudes diariamente.
Propôs o pesquisador trilharmos um caminho de busca dessa plenitude e alegria, e como resultado de suas pesquisas, acredita que o mais importante é estabelecer o objetivo de alcançar a autorrealização e a felicidade do indivíduo no ambiente de trabalho.
Em uma consulta à Wikipedia, encontramos uma possível definição de felicidade: “um estado emocional que ocorre em uma pessoa quando ela acredita ter alcançado um objetivo desejado“.
Observe como a definição destaca o fato de ser um estado emocional associado ao sucesso em alcançar um objetivo. Alinhados a esse conceito, poderíamos nos aventurar a dizer que, quando não conseguirmos alcançar o que nos propusemos, não conseguiremos atingir esse estado emocional de felicidade. O corolário seria que não atingir um objetivo pode nos tornar infelizes.
O tema é instigante e muito denso. Voltaremos a abordá-lo em novos artigos.
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Ensinamento da semana: Um homem feliz não é o que mais tem, mas o que menos necessita.