Eu me lembro que quando eu trabalhava no mundo corporativo, e isso já faz um bom tempinho, havia uma grande indústria multinacional do segmento eletro-eletrônico que presenteava os seus empregados com um relógio de ouro, assim que completassem 25 anos de trabalho ininterruptos na empresa. Era um verdadeiro troféu e a entrega do prêmio ocorria em meio a uma cerimônia solene com a presença da família e tudo o mais. Não era nada fácil conseguir esse feito, mesmo em uma época em que alguém mudar de emprego com frequência (muito comum, aliás, nos dias atuais), não era visto com bons olhos pelo mercado.
E, agora, eu pergunto: que fim deu o relógio caro que, provavelmente, ficou guardado em um cofre de banco ou entre peças de roupa escondido em uma gaveta ou no fundo do guarda-roupas? Deve ter sofrido alguns arranhões e o seu modelo já não parece tão chique e estiloso, como era no dia em que aquele abnegado funcionário o recebeu de presente das mãos do presidente da companhia.
Olha que interessante! Recentemente, um grupo de psicólogos sociais que atua no mundo corporativo, começou a analisar as taxas de retorno sobre investimentos em felicidade dos funcionários, em função dos produtos e serviços oferecidos como prêmio aos que se destacam no período.
O que eles descobriram? Que o investimento em experiências de vida para o funcionário (por exemplo, uma viagem de balão, um dia de spa, um jantar com acompanhante à luz de velas, ou uma viagem para a Itália, guardadas as devidas proporções) tende a trazer mais felicidade do que gastar um montante equivalente em objetos materiais (por exemplo, uma televisão 4k de 80″, um traje fino ou uma bolsa de grife).
Por que, então, é tão difícil encontrar pessoas felizes no local de trabalho?
Um dos fatos mais intrigantes a respeito da natureza humana é que nós não somos particularmente bons em permanecer felizes. As emoções positivas se esvaem rapidamente.
Faça o teste você mesmo: ainda que você seja promovido na empresa em que trabalha ou conquiste um novo cliente ou, ainda, que mude de um escritório acanhado para um novo conjunto comercial, mais moderno, em quanto tempo você volta para a linha de base da felicidade, ou seja, para o estado anterior a uma das conquistas citadas?
Dizem os neurocientistas que nosso cérebro está programado para se adaptar às circunstâncias, e por uma razão muito simples. Se nos sentíssemos muito felizes, nos faltaria um impulso para a ambição; e, por outro lado, se nos sentíssemos muito tristes, nunca sairíamos da cama.
Em decorrência desse fato, os psicólogos começaram a examinar formas de retardar esse processo de adaptação como um meio de prolongar os períodos em que ocorrem as experiências de felicidade. Se nós pudermos evitar a aclimatação muito rápida a experiências positivas, argumentam, poderemos manter a felicidade inicial por períodos mais duradouros.
Aqui vai uma receita para gestores interessados em estender o estado de felicidade de seus comandados e, com isso, obter melhores resultados financeiros para o seu negócio.
Dica #1: Oferecer pequenas recompensas e mais frequentes é mais impactante do que uma única grande premiação por ano ou semestre.
Dica #2: Situações prazerosas inesperadas surpreendem e causam grandes emoções positivas na força de trabalho. Um chocolate fino, uma flor.
Dica #3: Eventos variados quebram a rotina que leva à acomodação e à adaptação. Reunião de trabalho em uma cafeteria, por exemplo.
Dica #4: Experiências de vida são mais valorizadas e têm efeito residual maior e mais duradouro do que objetos. Você esqueceria uma viagem?
Dica #5: Mudar o foco das reuniões tradicionais que sempre pautam o que será feito ou o que está faltando; dedicar algum tempo para enaltecer as conquistas, o que foi realizado. As pessoas tendem a elogiar o colega que ajudou a atingir a meta.
Dica #6: Incentivar e treinar a prática da gratidão; uma mente grata é uma mente feliz. Agradecer a vida, a saúde, o alimento, o trabalho.
Se tiver dúvidas sobre esse assunto, envie uma mensagem. Será um prazer ajudar a esclarecer!
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Ensinamento da semana: “Funcionários felizes são mais gratos e produzem mais”.