Que maravilha!
Com duração de pouco mais de 3 semanas, fizemos praticamente um MBA em gestão empresarial. E, o melhor, de graça, sem gastar um tostão.
Sim, estou falando da Copa FIFA 2022 no Qatar.
Tudo que a gente aprende em um curso com 360 horas de duração, ao longo de três semestres, assistimos de maneira leve e prática no conforto de nosso lar ou em algum espaço de convivência. Claro que com direito a churrasco, cerveja, chope e, até a possibilidade de torcer, para o mocinho ou para o bandido, dependendo do caso.
Se você acha que estou exagerando, vem comigo.
Na Empresa: Como se começa um novo negócio? Pelo autoconhecimento, descobrindo quem somos e qual o nosso propósito, que alguns chamam de objetivo primário, ou seja, a razão do nosso viver.
Na Copa: pergunte para cada componente de uma delegação que foi ao Qatar qual o seu propósito?
Na Empresa: em seguida, a pergunta que se deve fazer para si mesmo: de que forma o negócio que eu quero empreender vai me levar à consecução do meu propósito?
Na Copa: para aquelas pessoas aí de cima, seria o caso de perguntar: essa Copa vai ajudar a alcançar o seu objetivo primário?
Na Empresa: a partir desse ponto, existem vários caminhos possíveis. O mais conhecido consiste em fazer uma análise SWOT, das suas forças e fraquezas e como elas podem ser potencializadas ou atenuadas em função das oportunidades e ameaças do ambiente onde se vai atuar. Claro que o mínimo que se pressupõe é o conhecimento do setor que será o campo de batalha do futuro empreendedor.
Na Copa: como estão as saúdes física, mental e psicológica, o estágio de maturidade e inteligência emocional de cada elemento do grupo bem como, como foi a sua performance individual nas últimas temporadas em torneios que exigem tanto esforço em tão pouco tempo?
Na Empresa: qual estratégia você vai usar para entrar no mercado e colocar em prática o plano de ação que você traçou? Sim, porque se você optar pela estratégia de baixo custo, por exemplo, todos os fatores de custo deverão estar alinhados e sob absoluto controle sem comprometer a qualidade do seu produto ou serviço.
Na Copa: qualquer descuido, pode ser fatal; pode-se morrer na praia ou, na linguagem futebolística, voltar para casa mais cedo (basta ver o que aconteceu recentemente no Qatar com alguns “favoritos”!!).
Na Empresa: na montagem do plano, devem ser considerados todos os recursos necessários (pessoas, máquinas, dinheiro e tecnologia). E, para tudo isso funcionar como um relógio (não me atrevo a dizer suiço), é preciso definir com clareza os processos, sejam eles de cliente ou de apoio.
Na Copa: onde se darão os treinos, as concentrações, os preparativos, os eventuais tratamentos médicos e fisioterapias, a logística, as diversas equipes de apoio etc.
Na Empresa: agora um clichê: o que não é medido não é gerenciado! Daí a necessidade de estabelecer os indicadores de desempenho, em todas as etapas de todos os processos.
Na Copa: aqui não faltam indicadores, podemos falar desde o número de toques de bola para atingir a meta do adversário ou do tempo médio para recuperar a posse de bola até o número de conversões na cobrança de faltas ou pênaltis.
Na Empresa: aspecto não menos importante se refere ao estilo de liderança esperado do gestor com a equipe de liderados, bem como a forma de comunicação que será adotada com as partes interessadas (os stakeholders) nos diferentes momentos da verdade.
Na Copa: nesse quesito entram dirigentes, imprensa, familiares, patrocinadores, fãs, torcedores, seguidores nas redes sociais, prestadores de serviço etc.
Resumindo, em qualquer empreendimento, para que resultados apareçam e se sustentem, é preciso foco, disciplina e muita repetição!
Se tiver dúvidas sobre esse assunto, envie uma mensagem. Será um prazer ajudar a esclarecer!
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Ensinamento da semana: Não existe almoço grátis, alguém vai pagar a conta.