É mais uma questão de gênero, números ou meras coincidências?
A história se escreve através de fatos reais ou criados, a depender do momento ou da conveniência de quem está de plantão.
Me refiro ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, cuja data sempre esteve associada a um incêndio, criminoso ou não, que vitimou mais de 120 mulheres em uma indústria têxtil em Nova Iorque no ano 1911.
Sem dúvida nenhuma, um triste e lamentável episódio mas que serviu para o despertar de uma nova consciência, a exemplo de tantos outros eventos que temos observado no passado recente.
Algumas pessoas mais próximas a mim sabem que sou descendente de uma família de imigrantes italianos que veio para o Brasil no final do século 19, para “fazer a América”. A verdade é que foram capinar café no interior de São Paulo! Com o tempo, vieram para a capital e foram trabalhar na São Paulo Railway Company, que construiu a primeira estrada de ferro do estado de São Paulo, destinada a escoar a produção de café do interior para o porto de Santos.
E uma das bandeiras de luta do meu avô e do seu irmão gêmeo era por condições dignas de trabalho. Preciso contar o fim do filme? JC ou justa causa, em linguagem mais culta.
Moral da história: há males que vêm para o bem.
A partir desse fato, a “vaquinha” dos dois italianos caiu no precipício e eles partiram para uma exitosa carreira de empreendedorismo no ramo da indústria de máquinas para o setor papeleiro.
Mas, o que isso tem a ver com a luta das mulheres?
Tudo a ver.
A mulher, graças à incansável dedicação de algumas poucas cabeças premiadas, tem conseguido importantes vitórias ao longo da história: o “direito” a trabalhar após a revolução industrial do século 18; falando de Brasil, o direito ao voto em 1932, à licença maternidade em 1943 com a CLT, a decidir sobre a concepção pelo uso do anticoncepcional (1960), à creche e à pré-escola na Constituição de 1988 e, mais recentemente, à vida, com a Lei Maria da Penha em 2006. É pouco, com certeza, mesmo porque a mulher é maioria, 52% da população.
O que eu percebo, no entanto, é que, tanto no mundo corporativo como na universidade, há um movimento lento mas crescente do percentual de mulheres, no comando das organizações e nos bancos escolares.
Segundo o Women in Business 2021, pesquisa realizada anualmente pela consultoria Grant Thornton, quase ⅓ dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres. Eram 19% em 2004.
Outra pesquisa, realizada em 2021 pela revista Isto É Dinheiro, aponta que as mulheres são mais numerosas em cargos de gestão nas áreas de Pessoas (RH), 49% e de Finanças, 43%.
E isso não ocorre por coincidência ou mera liberalidade, senão pelas características distintivas da mulher. Quando se avalia inteligência social, habilidades como assertividade, gestão da emoção, adaptabilidade, automotivação, autoestima e empatia, tornam a mulher mais preparada para liderar equipes multiprofissionais, muito comuns no mundo corporativo atual.
Por outro lado, nas universidades o percentual de mulheres já alcança os 60% do total de alunos de graduação e pós graduação, segundo dados do INEP, órgão do Ministério da Educação.
O que não se explica é por que com tamanha participação da mulher na universidade, ainda hoje no Brasil, apenas 3% de mulheres ocupam cargos de liderança nas empresas. A conta não fecha!
Tá na hora de rever isso, minha gente!
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Nós podemos te ajudar a virar esse jogo.
Ensinamento da semana: “Uma garota deve ser duas coisas: quem e o que ela quiser.” Coco Chanel, estilista francesa.