Pensamento crítico conta muito.

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Um dos fatores críticos de sucesso (FCS) mais valorizados atualmente é o pensamento crítico, que é identificado como o resultado de um processo educativo importante que pode levar ao sucesso tanto nos bancos escolares como no mercado de trabalho.

Mas, a realidade é bem outra; apesar de o pensamento crítico ser uma das habilidades mais procuradas entre os ingressantes no mercado de trabalho, as pesquisas revelam que alunos egressos das universidades não estão se formando com o nível mínimo necessário dessa habilidade para ter sucesso no trabalho.

Segue um resumo dos resultados mais relevantes das recentes pesquisas da área.

O que significa ter um bom pensamento crítico?

Existem muitas estruturas para conceituar o que é um bom pensamento crítico. Em termos gerais, pode ser definido como uma habilidade multifacetada que envolve a capacidade de resolução de problemas (quase sempre complexos) diante de informações insuficientes ou mal definidas. Com base na literatura disponível sobre o assunto, sugere-se que o pensamento crítico se assenta em quatro pilares que são suas principais habilidades, conforme indica a figura a seguir.

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Por que o pensamento crítico é tão importante?

Há quem inclua o pensamento crítico (critical thinking) como um dos 4Cs do momento, lado a lado com criatividade, colaboração e comunicação.

A pesquisa revela que focar no desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico é importante por vários motivos:

• Pessoas com melhores habilidades de pensamento crítico são mais preparadas para o mercado de trabalho.

• Treinar estudantes em habilidades de pensamento crítico pode melhorar os resultados acadêmicos relacionados à escrita e argumentação.

• Fornece melhores resultados no mundo real, maiores taxas de participação política e tomada de decisão e julgamento sólidos.

Existem lacunas de habilidades?

Devido às recentes mudanças das regras sobre local de trabalho (remoto, híbrido além do presencial), temos assistido empresas darem preferência à contratação de egressos das universidades capacitados a resolver problemas em circunstâncias mal definidas.

Esse interesse por pensamento crítico da força de trabalho também é apoiado por descobertas empíricas: entre estudantes universitários e adultos no mercado de trabalho, uma avaliação das habilidades de pensamento crítico foi fortemente correlacionada a um conjunto de resultados interpessoais, comerciais e financeiros do mundo real.

Como a empresa pode apoiar o desenvolvimento dessas habilidades?

Como a maioria das habilidades, o pensamento crítico também pode ser apreendido. Os gestores não devem, no entanto, presumir que simplesmente dar aos seus trainees problemas mal definidos seja suficiente para apoiar o seu aprendizado. Em vez disso, as lideranças devem participar com alguma dose de instrução e  treinamento, ensinando aos funcionários o que é pensamento crítico de qualidade e, de que forma comportamentos desejáveis ​​e estratégias úteis podem potencializar a resolução de problemas complexos.

Os funcionários também devem ter oportunidades de praticar suas habilidades de pensamento crítico em contextos profissionais autênticos (onde existem problemas mal definidos) e receber feedback sobre seu desempenho.

Para garantir a implementação coerente e consistente de formação nas habilidades de pensamento crítico que são relevantes no local de trabalho, é necessário um alinhamento mais estreito das partes interessadas no negócio, desde a educação básica (ensino fundamental e médio) até o ensino superior.

Empregadores podem estabelecer parcerias formais e informais com instituições de ensino. As parcerias formais podem incluir líderes da indústria trabalhando com faculdades para ajudar a estabelecer programas alternativos de educação universitária estreitamente alinhados às necessidades de habilidades daquele setor empresarial específico. Outras formas de parceria formal podem incluir líderes empresariais servindo em conselhos consultivos especiais para instituições educacionais (conselhos universitários) ou organizações de acreditação, participando da elaboração de padrões educacionais ou até mesmo entrando em sala de aula para organizar oficinas em suas áreas de especialização.

Parcerias menos formais podem incluir o apoio a estágios ou programas de aprendizagem para alunos do ensino médio e da faculdade, e a adaptação dessas experiências para garantir que os participantes obtenham treinamento e feedback de alta qualidade sobre seu desempenho de pensamento crítico. Os empregadores também podem incentivar os funcionários a promover suas habilidades de pensamento crítico por meio de estratégias de recrutamento, seleção, contratação e programas de recompensa para os trabalhadores que revelem altos níveis de pensamento crítico. Finalmente, uma vez no trabalho, os empregadores devem desenvolver seu próprio treinamento de pensamento crítico (por meio de exercícios simulando problemas mal definidos) e torná-lo amplamente disponível aos funcionários, juntamente com oportunidades de desenvolvimento profissional apropriadas que permitam aos indivíduos a chance de desenvolver suas próprias habilidades de pensamento crítico.

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