Eu vejo muita gente (empresários e profissionais do mercado) cada vez mais preocupada com a crescente automatização dos processos, diante do surgimento de novas tecnologias, mais e mais acessíveis.
O espectro das inquietações vai desde a geração de mais desemprego até o aumento da violência e da fome, especialmente nas camadas mais vulneráveis da população.
Do lado do empresário (principalmente do pequeno empreendedor iniciante), a automatização parte do pressuposto de grandes investimentos em sistemas ou equipamentos para os quais não está preparado tecnicamente e nem dispõe dos recursos necessários. Nada tão distante da realidade do que esse pensamento fundado em crenças limitantes. Logo explico porque.
Já, na outra banda, a do empregado, o temor na maioria das vezes reside na possibilidade de perder a vaga à qual aspira, o cargo que ocupa ou mesmo o emprego cultivado há anos. De três uma: por não ter formação em uma determinada área do conhecimento, não dominar algum dos aplicativos do “office” ou não ter familiaridade com certa plataforma de gestão integrada. Relaxa!
Costumo dizer que diante de uma situação desafiadora, todo mundo sente um friozinho na barriga. Quem disser que não sente medo, ou mente ou está em outro plano. O que difere as pessoas é exatamente o que elas fazem quando sentem medo. Há três caminhos possíveis a seguir: recuar, paralisar ou avançar. Não existe quarta via.
Quando me defronto com um cliente numa situação dessas, inevitavelmente vem a pergunta: então, o que fazer? Minha resposta: avance!
Mas, como? Preparando-se, simples assim.
Essa orientação vale tanto para o empresário quanto para o empregado; ou melhor, para o profissional que se dispõe a realizar um trabalho para alguém, uma vez que o emprego tende a diminuir cada vez mais.
A razão para isso é muito simples e, talvez, não tão óbvia.
Por mais que existam “intermediários” em uma transação, todo negócio ocorre entre duas pessoas (gente ou people, se preferir); uma interessada em vender algo e outra que está buscando a solução para um problema.
Quando eu disse isso para um empresário, dono de um pequeno varejo ele me perguntou: e aquelas “maquininhas” que vendem salgadinho ou café em clínicas médicas, cadê a pessoa que está vendendo? Não é tudo automático? Colocou o dinheiro ou o cartão, escolheu o produto e pronto? Ah, Ah!!!
De fato, o processo é todo automatizado. Ocorre que, nos bastidores, no momento da escolha da máquina e do produto a ser vendido, alguém (pessoa) fez a pesquisa e tomou a decisão sobre o modelo e sobre quais produtos deveriam ser abastecidos na máquina, em função do público que pretende atingir. Sem esquecer de que será necessário alguém para abastecer a máquina de tempos em tempos, bem como dar-lhe manutenção.
Então, quando se fala em B2B (business to business – negócio entre empresas), B2C ( business to customer – negócio de empresa para consumidor final), C2C (costumer to costumer – negócio de consumidor para consumidor, o que ocorre em plataformas do tipo OLX ou Mercado Livre) no fundo estamos falando de pessoas vendendo para pessoas ou P2P (people to people).
Resumindo, a questão é comportamental e não técnica.
Portanto, antes de se partir para a aquisição de infraestrutura (máquinas, sistemas, treinamento etc) é preciso avaliar que competências são necessárias pelas equipes (líderes e liderados) da organização.
Esse é o grande desafio do autoconhecimento.
Se tiver dúvidas sobre esse assunto, envie uma mensagem. Será um prazer ajudar a esclarecer!
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Ensinamento da semana: “Decifra-me ou te devoro.” [Desafio da Esfinge de Tebas, cidade do Antigo Egito]