Planejamento por Cenários

Film director's chair with megaphone and spotlights shining. 3D rendering

Respeitável Público, Façam Suas Apostas. Se não dá para antever, vamos prever.

Como fazer previsões nesse mundo maluco onde até o passado é incerto? Por outro lado, uma empresa não pode ficar esperando para ver o que vai acontecer. Por exemplo, se os insumos vão sumir do mercado (como aconteceu com álcool em gel no início da pandemia)? se o governo vai decretar lockdown? se o dólar vai despencar ou disparar? se o preço dos combustíveis vai subir? se os clientes vão pagar no vencimento? se o fornecedor vai entregar no prazo? se o funcionário que opera a máquina X virá trabalhar amanhã?

Na prática, o que as empresas fazem é recorrer a uma técnica chamada planejamento por cenários. Trata-se de um método estruturado (disciplinado) para imaginar possíveis futuros. Dentre as diversas metodologias para se pensar o futuro, o planejamento por cenários se destaca pela grande  capacidade de capturar uma vasta gama de possibilidades, com elevado grau de riqueza nos detalhes.

Vou explicar: o planejamento por cenários parte da formulação de hipóteses. Lembra daquele famoso “vai que” do comercial de um grande banco brasileiro? Normalmente se trabalha com 3 cenários: um otimista, outro pessimista e um terceiro realista.

Etimologicamente a palavra cenário vem do termo grego skené, que  significava «barraca ou uma construção simples que servisse de abrigo». Por analogia, no mundo corporativo, o cenário é um “conjunto de condições que visam abrigar” a operação das empresas de um determinado segmento. Essa foi desenvolvida no âmbito militar nos anos 1940 em plena II GG, e foi transportada para o ambiente de negócios a partir dos anos 1960.

O propósito de construir cenários não é prever exatamente o que irá acontecer mas, sim, identificar possíveis situações que poderão estar presentes, para que a organização se prepare para lidar com elas.

Eu me recordo de uma experiência muito desafiadora ocorrida no final da década de 1980; eu, diretor de uma empresa pertencente a um conhecido grupo empresarial fui chamado pelo presidente do conselho do grupo que pediu para desenhar cenários possíveis para o setor das telecomunicações com horizontes de 5, 10 e 20 anos. No princípio estranhei a tarefa mas, depois, refletindo sobre o assunto ficou claro que não se pretendia “acertar na mosca” mas apontar uma ou mais tendências do mercado, mesmo porque, o setor estava em vias de ser privatizado. E os cenários que eu e minha equipe traçamos à época, serviram de base para tomar decisões estratégicas acertadas à época.

Nos meus programas de mentoria em gestão empresarial eu reservo uma sessão à análise de cenários. Mesmo porque, o cenário para uma empresa do segmento de educação (cursos, treinamento etc) é diferente do cenário de salões de beleza e estética. Confira.

Esse e outros artigos como esse você encontra na minha página no instagram @vicentecavallari; clica lá e me segue.

Ensinamento da semana: No cenário atual dos negócios, uma caraterística essencial de qualquer empresa é a resiliência na busca de alternativas de sobrevivência.

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