Uma das mais sintéticas e felizes definições de administrar um negócio é “obter resultados por meio de pessoas”, ou seja, é o ato de trabalhar com pessoas para realizar os objetivos da organização e de seus agentes.
Esse conceito, por si só, já encerra a ideia de que pessoas e finanças andam juntas. De fato, pessoas convenientemente selecionadas, engajadas, capacitadas, motivadas, organizadas e lideradas, conduzem aos resultados planejados pela empresa, entre os quais, o lucro financeiro.
Para entender melhor como isso funciona, vamos resgatar o papel da gestão financeira de uma organização: é o conjunto de ações que visam potencializar o resultado financeiro de um negócio.
Assim, o foco da gestão financeira é aumentar a lucratividade a partir do gerenciamento dos recursos financeiros. E, como área responsável por gerir essa importante parcela dos recursos da organização (justamente aquela que lhe dá combustível para funcionar), a gestão financeira impacta o funcionamento de todos os processos de negócios e de apoio. Do controle de materiais e dos estoques, vendas, faturamento, produção, contratação, integração e desenvolvimento de pessoas etc. Sem erro de estar cometendo qualquer tipo de exagero, podemos dizer, então, que o sucesso de uma empresa depende de um controle financeiro eficiente. Já escrevi em outro artigo que “lucro é ouro, caixa é rei”. Traduzindo, tem muita empresa lucrativa que acaba quebrando pela má administração do seu fluxo de caixa (entrada e saída de dinheiro). Imagine o caso de uma empresa que, sem um planejamento adequado, sai contratando as melhores cabeças do mercado sem saber ao certo se terá dinheiro para pagar o seu salário? Ou, pensando, no sentido inverso, como a área de pessoas pode atrair os talentos necessários ao seu quadro de colaboradores se não souber com que recursos poderá contar e em que momento? Ou, ainda, como fica o gestor de desenvolvimento de pessoas que quer oferecer um processo de mentoria para seus líderes e descobre que os recursos financeiros necessários não estão provisionados no orçamento daquele ano?
Estudos recentes apontam vários ganhos em produtividade, engajamento, eficiência e crescimento em empresas que promovem corretamente a integração entre suas áreas de pessoas e de finanças.
A dúvida é, como promover esse casamento?
O primeiro passo é reconhecer o papel estratégico das duas áreas, promover o alinhamento de expectativas e elaborar o planejamento conjunto de objetivos e metas. Essa simples ação já cria muita sinergia. Outro ponto a considerar é a necessidade de uma comunicação contínua e fluida entre os setores, pautada pela ética e transparência dos objetivos de cada setor e o seu ajuste aos da organização. Vale a pena registrar, também, que o fluxo de trabalho deve deixar claro os limites de cada setor e as eventuais superposições de atribuições e responsabilidades. Por exemplo, se a empresa planejar a realização de um treinamento para os seus gestores com a participação de prestadores de serviço contratados (palestra, café, oficineiros etc), o ideal seria encarar esse evento como um projeto, certo? O sucesso desse empreendimento, desde a sua concepção até a realização e subsequente desmonte da equipe, dependerá muito da capacidade de escolha da pessoa com o perfil mais adequado à sua gestão e da sintonia fina entre as áreas de pessoas e de finanças.
Resumindo, quando o departamento financeiro passa a reconhecer os gastos do RH como investimentos a médio e longo prazo e não como custos, o relacionamento dos setores se torna uma verdadeira aliança e a organização só tem a ganhar. A partir desse ponto, novas oportunidades e desafios surgem naturalmente.
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Ensinamento da semana: Pessoas e finanças: um só time, uma só empresa!