No último dia 20 de março foi comemorado o dia internacional da felicidade, instituído pela ONU em 2012.
Alguém poderia me questionar: por que um dia marcado para ser feliz? não deveríamos ser felizes todos os dias? É óbvio que sim; afinal, os seres humanos nasceram para ser felizes. Dito de outra forma, você conhece alguma criança triste?
Assim como tantas outras coisas óbvias, a criação de uma data comemorativa da felicidade carrega um simbolismo, visa chamar a atenção da sociedade para esse fato, incentivar práticas que levem à felicidade em qualquer ambiente e disseminem mais alegria entre os povos do mundo, de modo a mitigar conflitos e guerras sociais, étnicas ou de qualquer outra natureza que possam colocar em risco a paz e o bem-estar das pessoas.
A felicidade pode ser construída.
Hoje já se reconhece que a felicidade é um estado que pode ser construído como resultado de boas práticas recorrentes. É preciso, pois, criar alguns hábitos, ou seja, adotar rotinas e, mais do que isso, persistir na sua prática para alcançar esse estado de bem estar consigo mesmo e com o mundo.
A receita é proceder da mesma forma quando vamos a uma academia para conquistar boa forma, estimulando através da atividade física a produção de certos hormônios (endorfina, serotonina, adrenalina, cortisol e somatotrofina, para citar poucos) que vão, entre outras coisas, fortalecer a nossa musculatura.
Uma pergunta que fica no ar: no caso da felicidade, qual é esse lugar, onde vamos buscar inspiração para um bem-estar realmente duradouro e sustentável?
As pesquisas indicam, mais uma vez, que a resposta está dentro de nós e não no ambiente externo ou no outro. É lá dentro que tudo começa.
“Hábitos voltados para dentro, como gratidão e meditação, constroem músculos de felicidade duradouros”. Bryan Robinson, professor emérito da Universidade da Carolina do Norte.
A felicidade não vai cair no nosso colo, em um passe de mágica; resultados dos estudos nessa área revelam que devemos adotar hábitos específicos, que vão nos ajudar a atingir esse objetivo, tanto dentro quanto fora do campo profissional.
Vamos pensar no seguinte: entre deslocamento e dedicação ao trabalho propriamente dita, consumimos no mínimo 50% do dia. Outros 25 a 30 % passamos dormindo. O saldo é representado por momentos de convivência com as pessoas do convívio social. Daí porque tanta importância se dá nos dias de hoje à felicidade no trabalho.
Felicidade alinha empresas e empregados: veja como isso ocorre.
Não apenas, mas principalmente com o advento da pandemia, as empresas passaram a se dar conta de que, especialmente entre os mais jovens, ser feliz com aquilo com que se está trabalhando, na maioria dos casos, vale mais do que um simples salário pago segundo a média do mercado.
Algumas ações passaram a fazer parte do cardápio dessas empresas. Por exemplo, liberdade de escolha do local de trabalho, respeito a todos os tipos de diversidade, identificação de sentido no que se faz e busca por resultados que transcendam o lucro econômico a qualquer custo, quando tratados de forma participativa com transparência e compartilhamento de responsabilidades, produzem maior engajamento das pessoas e as tornam fãs.
Essas ações são interpretadas como gestos de gentileza da empresa e ajudam a construir felicidade e bem-estar no ambiente corporativo. Existe uma relação direta entre atos gentis e felicidade geral dos profissionais e consequentemente satisfação no trabalho.
Da parte do colaborador, a prática regular da gratidão à empresa e ao colega de trabalho por ajudar em uma tarefa, o exercício da compaixão e da gentileza aliado a realizar um trabalho com propósito estão diretamente conectados aos níveis de felicidade.
“As pessoas que praticam a bondade são mais felizes e têm melhor saúde física e mental do que aquelas que não passam tanto tempo apoiando os outros”, reafirma o professor Bryan Robinson.
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