“Nessa longa estrada da vida vou correndo e não posso parar…”
Quando se trata do tema empreendedorismo, fala-se muito das características básicas de uma pessoa empreendedora (visionária, disposta a correr riscos, com muita vontade de realizar coisas etc) como, também, do grupos de habilidades tidas ou a serem desenvolvidas pelo empreendedor (técnicas, gerenciais e pessoais).
Conheci, há alguns anos, como professor na universidade, um senhor aposentado de uma grande indústria eletrônica, que tinha sido uma das pioneiras da zona franca de Manaus na década de 1970. Ele tinha sido diretor financeiro dessa empresa e, entre salários e bônus, conseguiu amealhar uma boa reserva de capital e me confessou que sempre quis ter um negócio próprio. Pediu que eu o ajudasse.
Bem, o simples fato de ele ter-se mudado de São Paulo com toda a família para aquela região do país, há 50 anos, já revelava um perfil bastante animador para o empreendedorismo.
Durante as conversas que tivemos ele dizia, no entanto, que apesar da grande experiência como executivo lhe faltavam alguns conhecimentos das áreas de operações (produção), marketing e recursos humanos, razão porque resolvera fazer o curso de administração.
Ele tinha ideia do que gostaria de fazer mas não reunia os elementos e competências suficientes para uma tomada de decisão segura.
Com base em uma análise dos mercados emergentes e das tendências, apresentei algumas sugestões de modelos de negócios , com os seus prós e contras de cada uma delas e que se alinhavam com o seu perfil comportamental. Ele optou por adquirir uma franquia.
E assim foi, após identificarmos alguns segmentos de mercado nos quais havia carências a serem atendidas, ele se tornou franqueado de uma marca famosa de chocolate e se deu muito bem.
A franquia é um atalho muito interessante para quem, em determinado momento, não reúne todas as habilidades ou experiência necessárias para começar um negócio. Uma boa empresa franqueadora se encarrega de te guiar nos primeiros passos do negócio. Mas, atenção, logo o atalho termina e começa, como na música, a longa estrada da vida.
Foi decisivo naquele ponto de inflexão da vida daquele senhor, a presença do mentor que, pelo fato de não estar emocionalmente envolvido com a decisão, pode analisar com frieza mas determinação, o melhor caminho a seguir.
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Ensinamento da semana: “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe” Clarice Lispector