Qualidade: Custo ou Valor?

#20 Qualidade custo ou valor?

O eterno dilema do empresário: faturar mais ou gastar menos?

O ideal seriam os dois. Mas, vamos por partes. 

Hoje eu quero falar sobre gastar menos e, claro, sem perder qualidade. Como assim?

Tem muita gente que ainda faz alarde em suas redes sociais ou qualquer outra forma de comunicação   com o mercado, que seu produto ou serviço  tem qualidade,  como  se isso fosse  um diferencial da empresa. 

Pois, então, faz tempo que não é. Qualidade se tornou, como se diz, um item qualificador e não classificador de pedido. Trocando em miúdos, se o que você oferece não tem um mínimo de qualidade, o seu cliente nem o qualifica para, em seguida, negociar quanto mais comprar. Você deve estar se perguntando: o que fazer, então?

Vou passar algumas regrinhas simples de enunciar, mas nem sempre fáceis de praticar. É uma questão de treino e de foco no objetivo traçado. 

Regra #1.  Reduzir custos não é cortar gastos

Já falei em artigos anteriores que toda empresa é formada de pessoas e processos. Pessoas são quem faz e processos são como fazem.

Será que as pessoas estão fazendo da forma mais correta, sem desperdícios (de tempo, de materiais, de recursos financeiros)e usando todo o potencial de que dispõem? 

Será que os processos são revisados e atualizados periodicamente? Vamos lembrar que a fila da tecnologia, também, anda e, cada vez mais depressa. É preciso estar antenado no que está acontecendo.

Regra #2 Planejar sempre

Planejar é ter clareza de: onde, quando e como se quer chegar. A visão do empresário deve ser testada a todo momento como se ele estivesse na proa de um navio. Com toda a tecnologia do mundo, nada substitui a sensibilidade humana para o que está ocorrendo nos diferentes ambientes de negócios. Manter-se atualizado é fundamental, atento a tudo o que está acontecendo na sua empresa, no setor em que você atua e no mundo. Mesmo assim, às vezes a vida reserva surpresas inesperadas (veja a pandemia!)

Regra # 3 Antecipar erros

Que você vai errar, é certo. Só não erra quem não faz. 

Então, quanto mais cedo isso acontecer, melhor. Menos recursos aplicados em materiais, menor número de horas de máquina, menos dinheiro investido, pessoas alocadas, tempo etc.

Uma das formas de se fazer isso é desenvolver um plano de ações de prevenção do erro que prepare toda a estrutura para a eventualidade. É o tal do “e, se…..? 

O desafio é que se trata de um item geralmente negligenciado pelas empresas porque, a exemplo da construção de uma rede de esgotos, ninguém vê resultados imediatos. 

O plano de ação preventivo só entra em campo no caso de ocorrências indesejáveis, para evitar o pior. De qualquer modo, algumas boas práticas e de baixo custo são: socializar as informações com a equipe, treinar o time, manter a documentação dos processos sempre atualizada, fazer manutenção periódica de máquinas e equipamentos e realizar auditorias de tempos em tempos nos processos.

Regra # 4 Não buscar culpado e sim a causa

Por mais que se planeje e/ou antecipe os fatos e erros, sempre haverá intercorrências. Herdado da área médica, a expressão significa algo que ocorreu fora do previsto. 

Nessa situação é comum se buscar o culpado pelo problema em lugar de se debruçar na causa para descobrir uma alternativa de solução.

Dispor de um plano de ação corretiva ajuda gestores a tomar decisões rápidas, em situações típicas de parada da linha de produção, na queda das vendas, na ocorrência de atraso ou quebra do fornecedor etc. Um plano de ação corretiva, também, evita retrabalho dentro da operação ou o recall de produtos já entregues, o que implica custos adicionais. 

Ensinamento da semana: reduzir custos sem comprometer a qualidade é viável, desde que haja planejamento e comprometimento aliado a iniciativas preventivas e corretivas, adequadas e equilibradas.

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