Muito se fala, atualmente, a respeito de qualidade de vida e os seus efeitos no desempenho profissional, como sendo a resultante do tripé: alimentação saudável, sono reparador e prática regular de atividade física.
Dia desses eu conversava com uma ex atleta profissional e ela me contava que na educação dos filhos ela incluiu um dos aprendizados mais relevantes, trazidos da vida como atleta profissional. Desde cedo ela exigiu que eles praticassem uma modalidade esportiva, qualquer que fosse, da preferência deles: um optou pelo hipismo, o outro pelo vôlei e o terceiro enveredou pelo basquete. Está tudo bem, está tudo certo.
Eu questionei o motivo dessa exigência – a prática de um esporte e não simplesmente uma atividade física em academia ou clube social. Ela me explicou que, devido à experiência que ela havia acumulado ao longo dos anos em que foi atleta profissional, ela tinha se dado conta de que o esporte agrega algumas vantagens que complementam os benefícios da atividade física pura e simples.
Refletindo sobre as razões que ela apresentou, me ocorreu que, de fato, o esporte tem características próprias que o diferenciam da prática, ainda que regular, da atividade física.
Diferença entre esporte e atividade física
A atividade física refere-se a qualquer movimento corporal que resulte em gasto de energia, enquanto o esporte é uma forma estruturada de atividade física que envolve competição e regras específicas. Ir a pé ou de bike ao supermercado, subir pela escada e não pelo elevador enquadram-se como atividade física.
Por outro lado, se estivermos falando de exercício físico, estedeve ser considerado como um tipo ou subcategoria de atividade física mais estruturada que inclui duração, intensidade, frequência e ritmo da atividade. É o que acontece nas academias de um modo geral.
Por outro lado, o esporte tem regras mais definidas que exigem mais dedicação e disciplina de quem o pratica; pressupõe o estabelecimento de metas; exige um planejamento de mais longo prazo. No esporte, mesmo na modalidade amador, quem o pratica desde cedo aprende a vencer, a perder e a trabalhar em equipe.
A infraestrutura que não se vê
Mesmo em esportes individuais, é importante lembrar que na retaguarda de um atleta existe uma equipe de profissionais das mais diferentes especialidades, que acompanham e orientam. Alguém que cuida da agenda, das relações institucionais, faz contato com imprensa e com o público em geral; zela pela parte financeira (junto a patrocinadores ou contratantes), do guarda-roupa do atleta, da sua imagem, da alimentação e nutrição, dos treinamentos, enfim, da saúde física, mental e social do esportista.
Impacto do esporte no mundo corporativo
A prática esportiva pode contribuir positivamente para a performance de uma pessoa no mundo corporativo. Além dos benefícios físicos, a prática esportiva está associada ao desenvolvimento de habilidades que são transferíveis para o ambiente profissional, como trabalho em equipe, liderança, disciplina e habilidades de resolução de problemas.
Além disso, o esporte como atividade física regular pode melhorar a saúde mental, reduzindo o estresse e aumentando a concentração, o que pode impactar positivamente a produtividade e a tomada de decisões no trabalho.
Além, é claro, de reduzir o absenteísmo e aumentar a longevidade da vida produtiva do trabalhador. E,ainda, contribuir para a redução da ocorrência das DCNT (doenças crônicas não transmissíveis) – obesidade, diabetes, descontrole da pressão arterial etc.
Para cada fase da vida, uma orientação diferente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde orientam que as pessoas devem praticar 150 minutos semanais de atividade física moderada ou pelo menos 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana. Para adultos que é o nosso objeto de análise pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, sendo que atividades que trabalham os músculos devem ser incluídas pelo menos 2x na semana.
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