Todos interpretam o mundo através das informações que recebem do ambiente; cada um, no entanto, de uma forma diferente, a partir de um conjunto de crenças que vão se formando ao longo do tempo e que se consolidam no que se chama de mentalidade ou mindset.
Essas crenças, que na primeira infância herdamos de nossos pais e familiares, são reforçadas durante a vida a partir de nossos colegas de escola, professores, colegas de trabalho, enfim, das pessoas com quem convivemos. Elas vão determinar a forma como encaramos os fatos à nossa volta e nos relacionamos com eles, assim como vão ditar nossos pensamentos, comportamentos e atitudes em relação às coisas que acontecem.
Carol Dweck, em seu livro “Mindset: a nova psicologia do sucesso” (2007) propõe a divisão das pessoas segundo duas perspectivas, em dois tipos de mindset:
– pessoas com mindset fixo, conjunto formado por aquelas que acreditam que suas qualidades são imutáveis, ou seja, suas habilidades e talentos inatos são os fatores mais importantes, que vão determinar seu sucesso ou fracasso e
– pessoas com mindset de crescimento, que creem que as capacidades inatas são apenas um feixe de potencialidades que podem ser desenvolvidas (ou não) através das oportunidades oferecidas e do empenho para serem desenvolvidas.
A boa notícia é que o mindset não é algo que não pode ser mudado; pelo contrário, qualquer pessoa pode alterar a forma que pensa, basta se desenvolver e se adaptar.
O mindset de crescimento ajuda a pessoa a se posicionar de forma otimista e proativa diante das contrariedades. Ele faz com que ela sonhe além da sua zona de conforto e se disponha a encarar os espinhos que surgirem pelo caminho. E, em caso de erro, vai aprender com a queda e prosseguir na luta.
O mindset fixo pode atrasar uma pessoa?
A resposta, infelizmente, é sim. De várias maneiras:
1. Resistência a desafios: pessoas com mindset fixo tendem a evitar desafios porque têm medo de falhar e serem vistas como incompetentes. Isso limita suas oportunidades de crescimento e desenvolvimento.
2. Medo de errar: elas veem os erros como falhas pessoais em vez de oportunidades de aprendizado, podendo levar a uma aversão ao risco e à inovação.
3. Desistência fácil: quando encontram obstáculos, essas pessoas são mais propensas a desistir rapidamente porque acreditam que suas habilidades (ou falta delas) são inatas e imutáveis.
4. Ignorância ao feedback: sentem-se ameaçadas por críticas, ainda que construtivas, vendo-as como ataques pessoais em vez de oportunidades de melhoria.
5. Baixa resiliência: em situações de fracasso ou dificuldades, a falta de crença na capacidade de mudar e melhorar pode levar a sentimentos de impotência e desmotivação.
6. Comparações prejudiciais: tendem a se comparar constantemente com os outros, o que pode levar a sentimentos de inveja e inferioridade, em vez de inspiração e aprendizado.
7. Estagnação profissional: um mindset fixo pode limitar o desenvolvimento de novas habilidades, a adaptação a mudanças e o avanço na carreira.
Em resumo, um mindset fixo pode limitar o potencial de uma pessoa ao restringir sua capacidade de aprender, crescer e se adaptar.
Porque as empresas valorizam tanto o teste de mindset?
Cada vez um número maior de empresas adota o teste de mindset ao contratar um funcionário. A figura a seguir apresenta alguns motivos.
Esses fatores ajudam a criar um ambiente de trabalho mais produtivo, inovador e sustentável, alinhado aos objetivos estratégicos da empresa.
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